Arteterapia, EFT e vida saudável

Arteterapia, EFT e vida saudável

sexta-feira, 18 de março de 2016

Silêncio interno, tão importante quanto o externo

Vivemos em um mundo de agitação constante e acabamos nos acostumando, Os barulhos se misturam numa grande esfera, barulhos de sirenes , despertadores, prazos e limitações. Gritos por silêncios e silêncios barulhentos. E cada vez mais nos aproximamos das coisas e  dos acontecimentos e nos afastamos de nós. Pessoas se tornam solitárias rodeadas de gente, mas carentes de si mesmas. Faltam pedaços de si. O mundo interage à velocidade da luz e o externo se faz mais presente e intenso e nos distanciamos do eu, da essência e  dos assuntos do interior humano. O que se faz emergente é "olhar pra dentro", mas como fazê-lo? O mundo externo tenta mostrar que silenciar e entrar em contato consigo mesmo é complexo. Mas nos surpreenderemos. Silenciar e entrar em contato com nosso interior, pode ser simples. Seu  passo a passo não tem  complexidade. O mais importante é apenas começar. Basta alguns minutos pela manhã, a noite ou em algum momento que você sinta a necessidade. Escolha um local que você sabe não será interrompido, sente-se confortavelmente, não é necessário nenhuma posição de yôga, não estamos falando aqui no âmbito religioso.
Mas é importante manter a coluna ereta. Desligue radio, TV, celulares. Feche os olhos e simplesmente permita-se silenciar de forma natural. Os pensamentos certamente virão gritando, se misturando a sua nova prática. Não tem problema, isso é totalmente normal. Não olhe para eles, hora   querem te induzir a ter contato com o passado  e lembranças de feitos, acontecidos etc. E nem foque naquele que querem   antecipar apertos no peito e palpitações, são   os pensamentos focados na ansiedade e  na incerteza do amanhã. Mas, eis o grande e iluminador segredo. Foque somente no PRESENTE, preste atenção no ar que entra e sai das narinas. Respire profundamente e ao mesmo tempo com suavidade Se algum pensamento voltar, incomodar ou  gritar, de mansinho, afaste-o e concentre novamente na sua respiração. Silenciar produz momentos de paz, descanso ao cérebro, tranquilidade, clareza de ideias e inúmeros outros benefícios.
Olhar pra dentro permite autoconhecimento e aumenta a autoestima, assim como o amor próprio. Consequentemente nos alinhamos ao melhor de nós. Nosso olhar se transforma por dentro e nossos atos transformam nosso ambiente. Quanto mais tempo usamos nos silenciando e mergulhando em nosso intimo, mais completos, pacificadores e influências positivas nos tornaremos para fora. Silenciar, portanto é, uma atitude de amor consigo mesmo, de acalmar a respiração e o ser. E nesse silêncio não ouviremos as vozes externas, mas a nossa alma.  Experimente silenciar, você nunca mais será o mesmo.
Texto de Elisabete Affonso

quinta-feira, 17 de março de 2016

Uma dica simples para relaxamento





RELAXE AGORA!


Muitas pessoas frustram-se na tentativa de "desligar o motor". Em primeiro lugar, é importante lembrar que não se tenta relaxar, apenas permite-se relaxar. O ideal é relaxar mais ou menos duas vezes por dia, podendo ser ao acordar,  no meio do dia,  antes de dormir, ou quando sentir e perceber a necessidade.Escolha um lugar, em casa ou no trabalho, que seja calmo e sem interrupções. Se possível, tire o telefone do gancho, desligue o rádio e a televisão. Na falta de opções, o banheiro pode ser extremamente útil.Deixe o espaço na penumbra. Embora com os olhos fechados, a luz estimula o cérebro. É importantíssimo que você tenha apoio para todos os músculos do corpo. Use uma cadeira reclinável, a cama ou uma poltrona. Procure apoio para a cabeça e o pescoço e mantenha a temperatura em torno de 20ºC. Depois de alguns minutos, o metabolismo do corpo decresce e a pessoa pode ficar com frio, causando tensão muscular. Use roupas confortáveis, que não restrinjam os movimentos, principalmente o diafragma.Concentre a atenção na respiração, deixando que se torne profunda e lenta. Comece a tensionar e relaxar individualmente todos os músculos do corpo. Respire novamente através dos músculos do diafragma e libere qualquer pensamento que esteja ocupando sua mente. Deixe que a respiração dissolva qualquer tensão ou rigidez que encontrar nos músculos da testa aos dedos dos pés, sempre identificando a diferença entre tensão e relaxamento muscular, e respirando fundo. IMPORTANTE LEMBRAR NÃO ESTAMOS FALANDO EM MEDITAÇÃO AQUI, MAS DE UM SIMPLES RELAXAMENTO, mas que produz imensos benefícios.

Texto Elisabete Affonso


O que é a técnica do EFT?



A técnica de EFT (Técnica de Libertação Emocional) foi desenvolvida pelo americano Gary Craig há menos de duas décadas. Ela faz parte de um revolucionário grupo de técnicas no campo da psicologia energética e oferece uma possibilidade de alívio rápido e efetivo para vários problemas emocionais, além de mostrar resultados bastante positivos no campo dos problemas físicos. Baseia-se no fato de que a causa de todas as emoções negativas é um desequilíbrio no sistema energético. A presença desse fluxo de energia já era de conhecimento da antiguidade, em especial a Índia (prana) e China (chi). Esse sistema bioenergético é a base para os sentimentos da dor, da cura em si e da regeneração do corpo. No sistema chinês há doze meridianos, ou canais de circulação, enquanto que o sistema indiano enfatiza os sete centros energéticos chamados de chakra. Em resumo, a EFT é uma forma de acupuntura psicológica, com a diferença que não se usa agulhas no seu tratamento. O importante é concentrar-se no item negativo que bloqueia o fluxo da corrente normal da energia dentro do corpo. Muito se fala em concentrar-se apenas no pensamento positivo. No entanto, a energia não flui livremente enquanto há bloqueios negativos que podem ser desobstruídos facilmente através de leves batidas com. Os dedos em certos pontos dos canais dos meridianos. É fato que nossas reações a emoções (que não deixam de ser percepções errôneas) são a causa de tanto estresse que posteriormente acarretam em doenças físicas. Uma vez restaurado o equilíbrio energético, o problema em questão estará solucionado. Haverá ainda a memória (como, por exemplo, no caso de um trauma), mas a carga negativa é anulada. De um modo geral, o resultado é duradouro e vem sempre acompanhado por mudanças positivas no pensamento. É uma ferramenta de fácil aplicação e que pode ser usada por qualquer um, sem efeitos colaterais. Está sendo cada vez mais reconhecido e respeitado o papel do sistema energético do corpo no campo da cura física e emocional. É uma forma de acupuntura psicológica, com a diferença que não se usa agulhas no seu tratamento, e sim as pontas dos dedos. O importante é concentrar-se no item negativo que bloqueia o fluxo da corrente normal da energia dentro do corpo. Uma vez, restaurado o equilíbrio energético, o problema em questão estará solucionado. Haverá ainda a memória (como, por exemplo, no caso de um trauma), mas a carga negativa é anulada. De um modo geral, o resultado é duradouro e vem sempre acompanhado por mudanças positivas no pensamento. A técnica é fácil de aprender e ideal para a autocura.

POR QUE O EFT FUNCIONA

EFT funciona porque consegue:




· Equilibrar o sistema energético
· Conectar o praticante com o Aqui e Agora
· Promover foco e atenção seletiva
· Interromper padrões emocionais e mentais
· Utilizar o poder da “intenção” e repetição
· Possibilitar a conexão do praticante com a mente subconsciente
· Promover aceitação

Texto Elisabete Affonso

Benefícios da Arteterapia


ü  O grande destaque para a Arteterapia é sua contribuição efetiva para a melhora da qualidade de vida de seus participantes, promovendo novas e reais possibilidades de inclusão na sociedade. A qualidade de vida melhora quando o indivíduo é valorizado por si e pela sociedade, pelo respeito, autoestima, saúde, felicidade, sentir-se útil, amar e ser amado. O indivíduo nessas condições aumenta o seu potencial para renovar todo processo de relacionamentos, tanto intrapessoal quando interpessoal, desfrutando alegremente de um convívio saudável consigo mesmo e com a sociedade, com melhores condições de interatividade e participação para o crescimento de todos.
ü  A afetividade ao nortear o equilíbrio emocional será a alavanca determinante para outras conquistas, mais voltada para o “ser” do que para o “ter”.
ü  As conquistas materiais não podem ser desprezadas, mas não podemos negar que são fugazes visto que, uma vez satisfeitas, outras surgirão. Já as conquistas do “ser” são duradouras, nos campos intelectuais, afetivos, emocionais e espirituais.
ü  Promove o encontro da pessoa de si para consigo mesma, de forma suave, lúdica, sem artifícios invasivos e admoestadores. É, sobretudo, sensível às suas necessidades e sonhos de realização!
ü  Trabalha a criatividade. Os processos utilizados na Arteterapia são alicerçados na criatividade e no relacionamento respeitoso com o arteterapeuta e seus participantes. O despertar da criatividade é inequívoco, acontece com absoluta naturalidade, espontaneidade e fluidez, porque não se exige de ninguém habilidades artísticas de qualquer natureza.
ü  Promove e contribui para o processo do autoconhecimento,

ü  Permite ao indivíduo aproveitar momentos de tranqüilidade e relaxamento. 
Texto Elisabete Affonso

Conhecendo a Arteterapia Junguiana


Assistimos desde o século XX a um grande acúmulo de conhecimento físico e tecnológico. Apesar dos bons frutos desse desenvolvimento científico, percebemos em paralelo uma fragmentação e um isolamento cada vez mais fortes do ser humano na relação consigo mesmo e com o mundo em que se encontra inserido. Como contribuir para a integração de partes da personalidade que normalmente são excluídas ao longo do processo cultural e educacional, de modo a resgatar aspectos fragmentados do psiquismo no sujeito contemporâneo?
Sabemos que a arte tem grande valor terapêutico, e a arteterapia, por sua vez, é uma disciplina baseada na concepção fundamental de que todo indivíduo tem uma capacidade inata para expressar seus conflitos interiores em formas e imagens visuais, auditivas, táteis, e poéticas, entre outras. Trata-se de uma modalidade de psicoterapia com recursos expressivos que estimula diferentes possibilidades de expressão ao longo do processo terapêutico para que o paciente possa estabelecer uma ponte entre seu mundo interno (subjetivo) e o mundo que o rodeia (objetivo). Isso porque a linguagem poética e expressiva permite ao indivíduo redescobrir a si-mesmo, e com tal descoberta, renovar-se na relação com o mundo.
O arteterapeuta pode trabalhar com diversos materiais das artes plásticas como por exemplo, papel, lápis, tintas, argila, carvão, e oferecer conhecimentos técnicos básicos para que o paciente possa lidar com esses materiais. Não é exigido do paciente talento artístico, pois o objetivo não é ensinar artes, no sentido usual, tampouco é emitido qualquer juízo crítico ou avaliação estética dos trabalhos criados pelo paciente. Qualquer pessoa pode tirar proveito desse processo: crianças, adolescentes, adultos, idosos, doentes mentais, dependentes químicos ou deficientes. Todos podem se beneficiar da possibilidade de se expressar de um modo livre, natural e intuitivo, exercendo o potencial humano da criatividade.
O paciente é levado pelo arteterapeuta a se soltar da maneira mais espontânea possível, rabiscando, colorindo, desenhando, modelando, enfim, criando imagens, poesia, música, de acordo com seus próprios recursos pessoais. Será por meio dessas atividades que poderá expressar seus sentimentos, pensamentos, emoções, atitudes, descobrindo aspectos seus que antes não estavam claros, reconhecendo-se no que saiu de si, e na materialidade dos elementos concretos colocados à sua disposição.
A arteterapia contribui, também, para a expressão verbal na psicoterapia. Comumente, o discurso dos pacientes no início do processo terapêutico encontra-se bloqueado para se referir às suas sensações, sentimentos, idéias e fantasias. Pelo uso da expressão criativa, o paciente começa a desenvolver a verbalização ao perceber o conteúdo afetivo associado às produções realizadas nas sessões terapêuticas. E desse modo, ao representar em imagens suas experiências subjetivas, seu discurso frequentemente se torna mais fluído, já que ele pode se expressar verbalmente com mais consciência sobre seu mundo psíquico.
A atividade expressiva, aliada ao trabalho de compreensão intelectual e emocional, facilita o encontro com as várias facetas da personalidade como um todo. Ao dar livre curso às imagens internas, o ser humano, ao mesmo tempo que as modela, transforma a si mesmo e ao mundo. (Texto baseado no livro "A arte cura?", 1995. Organizadora: Maria Margarida Carvalho).
            Nos vários textos dedicados por C.G. Jung ao tema "Psicoterapia", especialmente no volume 16 das obras completas, o autor ressalta a importância de deixar o paciente a sós, por assim dizer, com seu inconsciente, a fim de evitar uma intensificação da dependência em relação ao psicoterapeuta.
Para tanto, Jung enfatiza que o paciente deve ser estimulado a alcançar uma certa autonomia para lidar com as imagens do próprio inconsciente. Por isso a psicoterapia é proposta como um campo de experimentação, em que o paciente deve adotar uma postura ética frente às imagens do inconsciente, estabelecendo com elas um diálogo simétrico, de base fenomenológica, que se preocupa mais em perguntar "o que isso quer comigo" do que "o que isso quer dizer?".
Desse modo Jung propunha a expressão simbólica e o envolvimento ativo com a psique, inclusive sugerindo a seus pacientes que desenhassem, pintassem ou modelassem seus sonhos e outras fantasias. Nesse paradigma clínico, evidencia-se uma tentativa de des-centralizar o ego e promover uma experiência menos racional no contato com as figuras do inconsciente.
Quanto ao método psicoterapêutico da psicologia analítica, Jung retomou o sentido original do termo "dialética" para propor um "diálogo ou discussão entre duas pessoas, que ocupam posições simétricas no setting", sendo que dessa relação pode surgir um terceiro, ou síntese, que seria algo novo e diferente do que apenas a soma das partes. Desse modo, pode-se dizer que a psicoterapia junguiana se dá como "uma interação de sistemas psíquicos", modulada por múltiplas relações transferenciais e contratransferenciais.
Em relação ao terapeuta, Jung enfatiza uma postura especulativa, não-conceitual e não-interpretativa, pois supõe que o método diz respeito a um "confronto de averiguações mútuas", em que o terapeuta deve colocar em suspenso suas atribuições intelectuais e ativar, por assim dizer, o arquétipo curador no paciente. Por isso, a psicoterapia é sustentada numa perspectiva que leve o paciente a experienciar seus afetos e emoções, mais do que a nomeá-los ou interpretá-los racionalmente.
O terapeuta, então, se coloca numa postura de facilitador ou guia, que acompanha as sementes ou "germes criativos" da psique do paciente, ajudando-os a se desenvolverem, em oposição a uma postura médica tecnicista que visa apenas tratar e curar doenças. A própria noção de cura e doença é particular em sua psicologia, pois Jung vê na patologia uma tentativa inconsciente da psique se restabelecer, visto sua concepção teleológica ou finalista, que considera que o self tende a compensar ou complementar a atitude unilateral do ego.
Em seu livro de memórias, Jung (1963/1975) dedica um capítulo ao que chamou de "Confronto com o Inconsciente", onde narra algumas experiências vividas no período subseqüente à dissidência do movimento psicanalítico. Dentre essas experiências é digna de nota a descrição da "Imaginação Ativa", uma técnica que permitia a ativação de um jogo no campo da fantasia para que se desse um diálogo imaginativo com as figuras de seu inconsciente.
Jung reconhecia, com a técnica da imaginação ativa, que a abordagem às figuras da fantasia inconsciente devia ser orientada menos por seu significado conceitual e mais por seu aspecto relacional. Isto porque tais figuras imaginais não deveriam ser tomadas como representações de aspectos subjetivos da personalidade egóica, e sim como manifestações objetivas da psique inconsciente. A partir dessas experiências, ele adotou uma perspectiva fenomenológica em relação aos sonhos e a toda e qualquer produção inconsciente, afirmando que tais imagens não escondem, mas revelam, não representam, mas apresentam-se como alteridades à consciência.
Possivelmente, nenhuma outra clínica psicoterapêutica lance mão (literalmente) de tantos e tão diversificados recursos expressivos quanto a clínica junguiana. O que pode ser entendido como reflexo dessas considerações iniciais do período de auto-análise de Jung, estabelecidas por sua vez a partir de sua necessidade de dar às fantasias inconscientes uma expressão concreta por meio de pinturas e da modelagem (atualmente, este material pode ser consultado no Livro Vermelho, JUNG, 2010). Também por esta razão, poucas teorias se prestam tão adequada e profundamente a fundamentar a prática arteterapeutica quanto a psicologia analítica.

Texto de Elisabete Affonso